Foi montada uma expedição pelos portugueses que contava com 13 barcos responsáveis por desbravar as novas terras. O comandante era Pedro Álvares Cabral, que contava com a ajuda de um navegador experiente, Bartolomeu Dias. Primeiramente, ele alcançou as Ilhas Canárias e no dia 22 de abril de 1500, eles ancoraram perto de um monte que recebeu o nome de Pascoal. Eles tinham acabado de descobrir o Brasil. Entre 1500 e 1530, os portugueses realizaram diversas expedições no litoral brasileiro para conhecê-lo e também para designar nomes de ilhas e baías.
O período colonial corresponde entre a chegada dos primeiros portugueses ao Brasil, em 1500, e a Independência, no ano de 1822. Nos primeiros trinta anos de descobrimento, os portugueses não fizeram nada pelas terras conquistadas, pois estavam mais interessados pelas colônias situadas nas Índias. Esse período é denominado Pré-Colonial, pois apenas foram encaminhados para o país pessoas que pudessem reconhecer suas regiões e territórios.
O Brasil começou a ser colonizado com a formação da Vila de São Vicente e o surgimento do primeiro engenho de cana-de-açúcar. Com o início da colonização, os índios brasileiros passaram a ser utilizados como escravos pelos senhores de engenho.
O Pacto Colonial foi um sistema em que países europeus colonizavam e exploravam terras nos continentes americanos, com o intuito de vender esses produtos. Era um conjunto de regras impostas pela metrópole às colônias, fazendo com que elas somente comprassem produtos provenientes da metrópole. Com isso, os países europeus conseguiam comprar matérias-primas e determinados produtos por um valor bem menor. O Brasil também era proibido de ter manufaturas em seu território. O Pacto Colonial só acabou em 1808, com a chegada a família real portuguesa no Brasil.
Em 1532, Dom João III decidiu dividir a colônia em faixas de terreno que seriam entregues aos nobres de Portugal. Eles teriam o direito de explorar a região utilizando seus recursos e iriam governá-las. As regiões eram divididas entre o litoral e a linha imaginária do Tratado de Tordesilhas. Foram estipuladas Cartas de Doação e nelas constavam que a doação era hereditária e perpétua. Os donatários deveriam fundar vilas, prender índios, doar sesmarias (terras em cultivo), poderiam vender e comprar escravos e recebiam os valores referentes à venda do pau-brasil.
A maioria das capitanias não teve desenvolvimento por causa da falta de investimento ou interesse dos donatários. As que conseguiram prosperar com o cultivo da cana-de-açúcar foram as capitanias de Pernambuco e a de São Vicente. Por isso, em 1549, a Coroa substituiu esse sistema pelo Governo-Geral, mas as capitanias ainda existiam. Esse método de capitanias acabou definitivamente em 1759, deixando como herança, um governo regional e o nome de alguns estados brasileiros.
Esses governos eram atribuídos a governadores gerais, comandados pela Coroa Portuguesa. O governador-geral recebia a nomeação do rei e ficava no cargo por quatro anos. Após a morte de Mem de Sá, a administração ficou dividida e um governo ficava em Salvador, no comando de D. Luís de Brito e o outro no Rio de Janeiro, sob o comando de D. Antônio Salema.
→Responsável pela fundação de Salvador em 1549;
→Incentivou os engenhos de açúcar;
→Proibição do uso de indígenas como escravos;
→Início da catequização da população e a vinda dos jesuítas.
→Invasão da França no Rio de Janeiro em 1555;
→Problemas entre colonos e jesuítas;
→Inauguração do Colégio de São Paulo.
→Intensificou a catequese no intuito de dominar os índios;
→Início das missões;
→Inauguração da segunda cidade no país, São Sebastião do Rio de Janeiro.
A sociedade colonial tinha como referência o chefe da família e não havia a possibilidade de mudança social. A sociedade se desenvolvia com base no engenho de açúcar e o aspecto urbano foi estabelecido primeiramente em Minas Gerais, enquanto no nordeste a base da economia era agrária. Com a entrada da mineração na economia da colônia, surgiu a possibilidade de uma alteração social para alguns extratos da população.
Os bandeirantes são considerados os desbravadores do país. Os mais conhecidos são: Antônio Raposo Tavares, Manuel de Borba Gato, Fernão Dias Pais e Domingos Jorge Velho. Eles exploravam as regiões de interior do país que podiam ser denominadas em entradas (expedições financiadas pelo governo) e bandeiras (expedições pagas pelos senhores de engenho).
Eles capturavam índios e escravos que fugiam e a partir do século XVII, eles passaram a procurar pedras preciosas. Alguns bandeirantes também realizavam expedições em localidades fora do Brasil. Eles eram violentos com os índios, mas também ajudaram a descobrir diversas localidades no interior do país.
O trabalho dos bandeirantes pode ser dividido em três fases:
Os jesuítas desembarcaram no Brasil em 1549, através da expedição de Tomé de Souza. Eles vieram com o intuito de divulgar a religião católica no Brasil. Foram responsáveis pela criação de colégios e missões, passaram a ser responsáveis pela conversão dos nativos e pela administração das instituições de ensino. Em 1553, chegou ao Brasil José de Anchieta, que foi responsável por fazer a primeira gramática e dicionário da língua indígena.
Objetivos dos Jesuítas
Os jesuítas passaram a ter uma grande influência e a igreja se tornou mais independente do Estado. No século XVIII, com a oposição do ministro do rei Dom José I, Marquês de Pombal, diversos jesuítas foram expulsos do Brasil e vários colégios foram fechados. Os jesuítas foram enviados para Portugal e lá, foram presos.
Essa revolta teve início em 1789, após o governo português usar a violência para que a população de Minas Gerais pagasse seus impostos. Além disso, o governo obrigava as pessoas a entregar o que tinham para o pagamento da dívida. Essa situação estava desagradando e deixando a população co raiva da metrópole.
Um grupo de pessoas começou a realizar reuniões na cidade de Vila Rica e lá planejavam uma conspiração contra o governo português. Os participantes desses encontros eram: Tomás Antônio Gonzaga, José de Oliveira Rolim, Joaquim Silvério dos Reis, Domingos de Abreu e Joaquim José da Silva (mais conhecido como Tiradentes).
Tiradentes era o membro mais pobre do grupo e divulgava as ações da conspiração. Eles exigiam a implantação de um governo republicano, a mudança da capital do país para a cidade de São João del Rei, incentivo à industrialização e implantação do serviço militar. Porém, eles não apresentaram nenhuma reivindicação referente à escravidão.
Eles tinham o objetivo de sequestrar o novo governador da localidade, visconde de Barbacena; porém as autoridades foram informadas por um delator do grupo, Joaquim Silvério dos Reis. A traição ocorreu sob a condição de que ele fosse perdoado dos débitos que possuía junto à Coroa. Os integrantes da conspiração foram presos e alguns foram enviados para colônias de Portugal, na África.
Tiradentes foi acusado como o responsável pelo ato e foi condenado à forca. Depois de morto, ele foi esquartejado e teve seus membros espalhados pela cidade de Vila Rica para que servisse de exemplo a outras possíveis rebeliões. Posteriormente, no período republicano, ele foi considerado um dos heróis da Independência do Brasil.
Após a mudança da capital do país para o Rio de Janeiro, a Bahia passou a ter dificuldades econômicas e políticas. Um grupo de estudiosos começou a idealizar a emancipação da Bahia com o Brasil. Essa revolta também é chamada de Revolta dos Alfaiates e foi liderada por Cipriano Barata. A Conjuração Baiana teve a participação de pessoas de todos os níveis sociais, inclusive mulheres.
O objetivo dessa revolta era ter uma sociedade democrática, a Proclamação da República, a abertura dos portos e o aumento salarial. A divulgação começou a ser feita em agosto de 1798; porém, eles foram descobertos pela Coroa e muitos foram denunciados e presos. Alguns revoltosos foram enforcados em novembro de 1799. O líder da Conjuração Baiana foi julgado e absolvido. Os que foram condenados à prisão ou à forca possuíam uma posição econômica inferior aos que foram absolvidos.
Com a redução do comércio açucareiro e após as primeiras descobertas de ouro em Minas Gerais, começaram diversas disputas para conquistar essas riquezas. A Guerra dos Emboabas durou de 1708 a 1709 e teve a participação dos bandeirantes paulistas, que foram os primeiros a descobrir as jazidas de ouro. Eles exigiam o direito de realizar a exploração desses locais em detrimento ao emboabas (nome dado aos forasteiros portugueses e imigrantes provenientes de outras regiões do Brasil).
O nome emboaba era derivado do Tupi e significava ave com penas até os pés. Isso ocorria porque eles utilizavam botas e os bandeirantes paulistas andavam descalços. Quando o líder dos emboabas foi nomeado ao governo de Minas Gerais, os paulistas foram obrigados a procurar refúgio nas matas. Com a perda de diversas jazidas, os paulistas passaram a buscar ouro em outras regiões e posteriormente iriam encontrá-lo em Mato Grosso e Goiás. Com esses confrontos, a metrópole passou a controlar e fiscalizar a região para evitar novos conflitos.
Esse conflito ocorreu em 1711, em Pernambuco. Os comerciantes da cidade do Recife e os latifundiários de Olinda tentavam determinar quem teria o poder no estado. Com a crise do açúcar, a cidade de Olinda se viu obrigada a pedir um empréstimo ao Recife. Em 1709, os 'mascates', como eram conhecidos os comerciantes, passam a considerar Recife uma vila. Essa decisão atinge os empresários de Olinda, que temiam que fossem cobrados pelo empréstimo que haviam feito à cidade.
Em 1710, Recife foi invadida pelos revoltosos de Olinda que tomaram a Câmara da cidade. Os comerciantes de Recife receberam ajuda dos portugueses. A guerra continuou até o ano de 1711, quando a Coroa nomeou um novo governador. Era Félix José de Mendonça e ele estipulou que a administração de Pernambuco seria dividida entre as duas cidades de forma semestral.
O Brasil Imperial começou a partir da proclamação da independência, em 07 de setembro de 1822. O grito de independência foi feito por Dom Pedro I. Nesse período, o Brasil foi governado por regentes e por dois imperadores. O fim do período imperial ocorreu após a Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.
O Brasil República aconteceu entre o ano de 1889 a 1930. Conhecido como República Velha, foi predominante a superioridade dos estados de São Paulo e Minas Gerais, e suas cidades históricas, em relação aos outros estados. O café passou a ser o produto mais exportado pelo país e seus lucros alavancavam a indústria brasileira. Foi uma época em que ocorreram muitas revoltas e mudanças sociais.